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Trabalhadores da Saúde 24 vão parar entre hoje e domingo

24-Jan-2014

Trabalhadores da Linha Saúde 24 vão parar entre hoje e domingo em protesto contra a situação dos enfermeiros que trabalham neste serviço, incluindo os despedimentos e os cortes de salário.

Segundo disse à agência “Lusa” Tiago Pinheiro, da comissão informal de trabalhadores da Linha Saúde 24, a paragem de enfermeiros vai ocorrer entre as 16:00 de hoje e o final do dia de domingo.

«Nos call centers em Lisboa e no Porto, as enfermeiras e enfermeiros que há anos asseguram o serviço são obrigados a parar perante uma empresa que contrata sem lei, despede sem lei e que destrói a linha, ignorando a importância deste serviço para a população. Depois do despedimento de mais de 100 pessoas, a falta de resposta política à situação, materializada no chumbo das propostas que poderiam resolver a situação, leva os trabalhadores a recorrer a esta paralisação», alegam os trabalhadores num comunicado hoje divulgado.

Hoje, cerca de uma dezena de enfermeiros protestaram nas galerias do hemiciclo da Assembleia da República após a discussão de projetos de resolução de PCP e BE que visavam a regularização dos trabalhadores da Linha Saúde 24.

Os diplomas do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda recomendavam ao Ministério da Saúde que regularize a situação contratual daqueles funcionários e preserve a qualidade do serviço, mas foram rejeitados pela maioria. Para os enfermeiros da Saúde 24, os «despedimentos sem lei a mais de uma centena de trabalhadores» são um ataque à democracia.

Segundo Tiago Pinheiro, esta segunda paralisação é também uma resposta à votação do PSD e do CDS-PP, que rejeitaram os diplomas do PCP e do BE.

No dia 4 deste mês, os funcionários tinham parado durante 24 horas, em protesto contra os despedimentos em curso, que consideram ser uma «retaliação clara por parte da empresa por estes trabalhadores não terem aceitado a redução salarial e exigirem um contrato de trabalho em vez do ilegal falso recibo verde».

O ministro da Saúde, questionado na quinta-feira no Parlamento sobre as complicações laborais na linha, reconheceu que cerca de 200 enfermeiros terão optado por não aceitar a proposta da administração do serviço, mas disse que a qualidade está assegurada e que a linha deve mesmo estender a sua área de atuação.

Em declarações anteriores à “Lusa”, o administrador da empresa que gere a linha justificou a redução dos pagamentos com a diminuição do montante que o Estado paga à empresa, que este ano será «70% mais baixo do que o valor inicialmente contratado».

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