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INFARMED financia investigações da Universidade de Coimbra na área da diabetes

12 de dezembro de 2016

Dois projetos de investigação na área da diabetes desenvolvidos na Universidade de Coimbra (UC) vão ser financiados pelo INFARMED, foi hoje anunciado.

Dois projetos de investigação na área da diabetes «foram distinguidos pelo INFARMED com o Fundo para a Investigação em Saúde», afirma a UC numa nota enviada hoje à agência “Lusa”.

“Identificação de novos biomarcadores precoces das complicações da diabetes: do metabolismo à imagiologia multimodal de sistemas” é o título de um dos projetos distinguidos, com o financiamento de 130 mil euros.

Liderada por Miguel Castelo-Branco, docente da Faculdade de Medicina e diretor do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da UC (ICNAS), a investigação «visa essencialmente o uso de tecnologias sofisticadas (neurofisiologia, imagiologia metabólica, estrutural e funcional de vários órgãos) para diagnosticar as complicações da diabetes da forma mais precoce possível».

Trata-se de «um projeto de descoberta de biomarcadores para medicina preventiva», explica o docente, citado pela UC na mesma nota.

O outro projeto – “Microbioma de feridas diabéticas: diagnóstico precoce, prognóstico e terapia” –, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC), «conquistou 100 mil euros para encontrar uma solução para a ferida crónica do pé diabético, que afeta mundialmente cerca de 70 milhões de pessoas e que pode levar a amputações».

Coordenado por Sónia Gonçalves Pereira, do grupo Micobacteriologia Molecular e Microbioma, liderado por Nuno Empadinhas, este estudo resulta da colaboração com o grupo Obesidade, Diabetes e Complicações, dirigido por Eugénia Carvalho, cuja «investigação prévia abriu caminho à abordagem inovadora agora proposta para as feridas diabéticas crónicas», refere a UC.

A investigação, que tem a participação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), pretende «caracterizar os microrganismos (microbiota) da pele e de feridas diabéticas e identificar combinações microbianas indicativas da evolução das mesmas (prognóstico) para diagnóstico precoce», acrescenta a UC.

Sónia Gonçalves Pereira sublinha que «atualmente desconhecem-se as razões pelas quais algumas feridas diabéticas cicatrizam e outras se tornam crónicas, embora estudos recentes apontem para desequilíbrios na composição da microbiota da pele como fator determinante».

O Fundo para a Investigação em Saúde, de acordo com o INFARMED, financia atividades e projetos de investigação «dirigidos para a proteção, promoção e melhoria da saúde das pessoas, nomeadamente nas áreas de investigação clínica, investigação básica e translacional, com potencial interesse clínico ou em terapêutica e investigação em saúde pública e serviços de saúde».

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