A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), alerta hoje, no seu portal que na União Europeia (UE), atualmente, não existem novas evidências que justifiquem alterações às recomendações do uso de paracetamol (também conhecido como acetaminofeno) durante a gravidez.
O Infarmed justifica que, na informação do medicamento, “uma grande quantidade de dados provenientes de mulheres grávidas que utilizaram este medicamento durante a gestação indica que não existe risco de malformações no feto em desenvolvimento nem nos recém-nascidos“.
Trump sugere paracetamol e vacinas como causas de autismo sem apresentar provas
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) reviu mesmo, em 2019, os estudos disponíveis que investigaram o neurodesenvolvimento de crianças expostas ao paracetamol in utero e concluiu que “os resultados eram inconclusivos e que não foi possível estabelecer uma ligação com perturbações do neurodesenvolvimento”.
Deste modo, o regulador reforça que “quando necessário, o paracetamol pode ser utilizado durante a gravidez”, mas, “tal como acontece com qualquer medicamento para tratamento agudo, deve ser usado na menor dose eficaz, pelo período mais curto possível e com a menor frequência necessária”.
O Infarmed sublinha ainda que “à semelhança do que acontece com todos os medicamentos, a EMA e as autoridades nacionais competentes na UE, como o INFARMED, continuarão a monitorizar a segurança dos medicamentos que contêm paracetamol e a avaliar rapidamente quaisquer novos dados que surjam. Serão tomadas medidas regulamentares sempre que se justifique, de forma a proteger a saúde pública.”




