ULSTS testa novo método de diagnóstico de traumatismos 356

O Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica da Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa (ULSTS) realizou um estudo com mais de 300 utentes com diagnóstico de traumatismo craneo-encefálico (TCE), em que utilizou análises sanguíneas para identificar biomarcadores de lesões cerebrais, oferecendo uma alternativa à tradicional tomografia computadorizada (TAC).

Os resultados mostraram, segundo noticiado no Portal do SNS, que o novo método, “com uma sensibilidade de quase 100%, pode reduzir o uso de TAC em 23%, diminuindo a exposição à radiação e os custos dos exames. O estudo também permitiu que os utentes fossem diagnosticados mais rapidamente e com menos invasão, ajudando a otimizar os recursos nos serviços de urgência”.

A maioria dos doentes (57,6%) apresentava idade superior a 70 anos, sendo 53,4% do sexo feminino. Destes, 83,4% recorreu ao serviço de urgência no contexto de queda. 4,6% foram diagnosticados com algum tipo de lesão intracraniana, nomeadamente hemorragia, contusão ou fratura.

Para Carla Freitas, diretora do Serviço de Urgência da instituição, citada pelo Portal do SNS, “este estudo mostra a possibilidade de mudança de paradigma no diagnóstico de traumatismo de crânio. Permite com uma análise sanguínea, de forma rápida e muito segura evitar a realização exames com radiação que têm efeitos secundários quando realizados de forma repetida.”