“A visibilidade da Farmácia Hospitalar ainda não reflete o verdadeiro impacto que tem na vida dos doentes e na eficiência do sistema de saúde”, por isso “o nosso objetivo é garantir que a sociedade, os decisores políticos e os próprios profissionais de saúde reconheçam a importância do farmacêutico hospitalar no percurso terapêutico”, declarou, no seu discurso de tomada de posse, Luísa Rocha, presidente do Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar.
A cerimónia de tomada de posse dos conselhos dos colégios de especialidade da Ordem dos Farmacêuticos aconteceu, ontem, na sede da instituição, em Lisboa.
Residência Farmacêutica, a base
“O farmacêutico hospitalar tem um papel cada vez mais clínico e de gestão estratégica do medicamento e essa evolução deve refletir-se na estrutura do sistema de saúde”, continuou Luísa Rocha, acrescentando que o colégio irá trabalhar com a Direção Nacional “para que a especialização em Farmácia Hospitalar seja obrigatória para o exercício em todos os serviços farmacêuticos hospitalares”.
Neste sentido, a farmacêutica argumentou que “a continuidade da idoneidade formativa que é atribuída aos hospitais permitirá a valorização da nossa especialidade e integração do Programa da Residência Farmacêutica”, sendo que “reconhecemos que a Residência Farmacêutica será a base de formação dos profissionais altamente qualificados e preparados para as exigências do dia a dia. Trabalharemos em estreita colaboração com a Comissão Nacional da Residência Farmacêutica para consolidar e melhorar este percurso formativo, garantindo um programa de formação cada vez mais robusto e adequado às necessidades atuais da especialidade”.
Para a presidente do Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar, “a Farmácia Hospitalar deverá ser exercida com base em formação diferenciada, com rigor científico e competência clínica. O nosso compromisso será garantir que esta exigência seja refletida na legislação e nas políticas de saúde”.
Top Farmácia Hospitalar é para continuar
“A colaboração entre colegas será uma peça-chave deste mandato”, por isso, de acordo com Luísa Rocha, “daremos continuidade à hora do Colégio, mantendo, obviamente, o espaço de partilha de experiências e de iniciativas”
Além disso, outra iniciativa “que será para continuar” é o projeto Top Farmácia Hospitalar, que “teve o objetivo de realizar uma análise comparativa entre diversos serviços de farmácia hospitalar de diferentes instituições”.
Identificar áreas de carência
“Pretendemos continuar a trabalhar na elaboração de recomendações que garantam a dotação de profissionais em número suficiente para cumprir as boas práticas de farmácia hospitalar”, referiu ainda a responsável, explicando que “a nossa missão passa também por divulgar e reforçar a presença do farmacêutico hospitalar dentro e fora das instituições de saúde, identificando áreas de carência de informação farmacêutica e promovendo o nosso papel junto da sociedade”.




