“O facto de Portugal ter uma reserva estratégica de medicamentos pode revelar-se essencial em momentos de emergência ou de catástrofe”, declarou Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), à TSF.
A reserva estratégica de medicamentos pode revelar-se primordial “particularmente para a sua utilização, por exemplo, em meio hospitalar para situações verdadeiramente urgentes”, garantiu a responsável da ANF.
Quanto aos medicamentos em ambulatório, “a sua diversidade é tanta que eu diria que aquilo que temos de prever é que efetivamente tanto a distribuição farmacêutica como as farmácias comunitárias estão a operar dentro daquilo que seja possível nas circunstâncias para garantir este acesso”, explicou a dirigente.
Ainda de acordo com a TSF, Ema Paulino adianta que a Reserva Estratégica Nacional de Medicamentos está a ser criada nesta altura, mas não consegue prever quando é que estará pronta.
Plano de contingência
Ema Paulino apela ainda que as farmácias sejam incluídas no desenvolvimento de um plano de contingência para situações como a do apagão da semana passada, de modo a “garantir a continuidade das terapêuticas para as pessoas que nos procuram”.
“O que aconteceu durante este apagão foi efetivamente a falta de comunicação. E esta falta de comunicação das farmácias com a base de dados central de prescrições fez com que as farmácias não conseguissem ler essa base de dados e, portanto, não conseguiram fazer as dispensas, particularmente dos medicamentos sujeitos a refeita médica”, revelou a responsável.
Neste sentido, argumenta que o que “podemos aprender deste processo é que são necessários, no fundo, meios alternativos, por um lado, para garantir que conseguimos continuar a aceder a informação que nos permita garantir a continuidade das terapêuticas para as pessoas que nos procuram e, também, eventualmente, e tal como o Sr. Bastonário referia, integrar as farmácias formalmente neste plano de contingência nacional para garantir que nestas situações as farmácias também são contactadas pela Proteção Civil no sentido de integrar este grupo de instituições que são consideradas prioritárias para garantir fontes alternativas de energia”.




