
“As principais implicações para o setor farmacêutico permanecem incertas”, refere a Federação Europeia das Indústrias e Associações Farmacêuticas (EFPIA) que, no seu site, diz continuar a analisar os anúncios sobre o acordo comercial entre a UE e os EUA.
Num comunicado emitido ontem, a federação sublinha que “as tarifas sobre medicamentos são um instrumento ineficaz que perturbará as cadeias de abastecimento, afetará o investimento em investigação e desenvolvimento e, em última análise, prejudicará o acesso dos pacientes aos medicamentos em ambos os lados do Atlântico”.
Deste modo, a EFPIA defende que “se a intenção é garantir o investimento farmacêutico em investigação, desenvolvimento e fabrico, reequilibrar o comércio e assegurar uma distribuição mais justa do financiamento da inovação farmacêutica global, existem meios mais eficazes do que as tarifas que ajudariam, em vez de prejudicar, os avanços globais nos cuidados aos doentes e no crescimento económico“.
Numa perspetiva europeia, isso significa, de acordo com a federação, “repensar a forma como valorizamos a inovação, aumentando significativamente o que a região gasta em medicamentos inovadores e criando um ambiente operacional que possa acelerar a transformação da grande ciência europeia em novos tratamentos”.
Contactada pelo NETFARMA, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) diz estar “alinhada com o posicionamento da EFPIA – European Federation of Pharmaceutical Industries and Associations”, encontrando-se “a acompanhar a evolução dos acontecimentos”.




