Sword é a startup com mais investimento no consórcio de IA financiado pelo PRR 336

A Sword Health lidera o consórcio de IA financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), substituindo a Unbabel, sendo a startup que está a fazer mais investimento.

O processo de transição de liderança do consórcio Center for Responsible AI, no âmbito do PRR, está concluído, tendo o IAPMEI aprovado a Sword Health como nova entidade coordenadora. Desta forma, os projetos em curso no âmbito das Agendas Mobilizadoras até aqui coordenados pela Unbabel passam agora a ser liderados pela Sword.

Relativamente a “este trabalho do Center for Responsible AI, “a Sword já participava no consórcio e […] de forma muito ativa”, sublinha o cofundador do unicórnio, André Eiras, à Lusa.

Aliás, “fazíamos parte do executive board [conselho executivo] do consórcio”, pelo que agora a Sword “vai ter mais responsabilidade porque vai passar a liderar” o mesmo, prossegue André Eiras, sublinhando que a tecnológica já estava muito envolvida nas decisões estratégicas, com “parte muito ativa” sobre a execução da Agenda.

A Sword está a desenvolver produtos neste âmbito: “um associado à área da fisioterapia na área musculosquelética, um associado ao tratamento do pavimento pélvico da saúde feminina e um associado à saúde mental”. Ao todo, “temos três produtos que estamos a criar”, enumera.

O valor executado e reportado ao IAPMEI até agora é de 15 milhões de euros, sendo que o valor recebido é de 6,4 milhões de euros.

Dois dos produtos já estão no terreno: “Já fizemos parcerias dentro do consórcio com, por exemplo, a ULS de São João, fizemos um projeto com eles na área de musculosquelética e já temos também testes na área do tratamento do pavimento pélvico”, conta.

Portanto, “na prática já são produtos que estão em fases muito avançadas de término” e o que está ainda em maior desenvolvimento “é o da saúde mental, que foi um produto que entrou depois, já o consórcio estava a decorrer, no âmbito de uma alteração de um parceiro que existia na saúde mental que deixou de existir e a Sword criou um produto” para substituí-lo.

Todos os produtos da Sword têm inteligência artificial (IA) por trás.

Questionado sobre o anúncio recentemente feito pelo unicórnio, André Eiras refere que o investimento de 250 milhões de euros é “de fundação e de base”.

Que é o quê? “Como é que nós capacitamos a empresa com mais recursos humanos, como é que investimos em infraestrutura em termos de computação para inteligência artificial e como é que nós investimos mais em investigação e desenvolvimento”, explica o responsável.

“O PRR tem esta base também, […] temos pessoas que desenvolvem produtos, temos investigação e desenvolvimento e, portanto, há aqui uma correlação, mas não há uma correlação direta, até porque este investimento faz parte e sempre faria parte, independentemente de existir um PRR ou não, […] da estratégia da Sword enquanto Portugal ser um ‘hub’ da inteligência artificial na área da saúde a nível mundial”, explica o cofundador André Eiras.

Neste momento, a cerca de oito meses do prazo, a taxa de execução é de 76% e “somos, efetivamente, dentro da agenda, a empresa que está a fazer mais investimento”, remata o cofundador da Sword Health, que lidera o consórcio da IA financiado pelo PRR.