Helena Cecília Tertuliano, dos serviços farmacêuticos do Hospital de Proximidade de Lamego, é a nova presidente do Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF), substituindo Henrique Reguengo, que esteve à frente do organismo, durante mais de 20 anos
As eleições realizaram-se no dia 25 de janeiro e a cerimónia de tomada de posse está marcada para 22 de fevereiro, às 15 horas, na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP).
Os novos corpos gerentes são “compostos por uma equipa de colegas que demonstraram compromisso e disponibilidade para dar continuidade ao trabalho do Sindicato”, relata Henrique Reguengo, ao NETFARMA.
Consciencializar as novas gerações
Em jeito de balanço destas mais de duas décadas como presidente do sindicato, o farmacêutico salienta que o SNF “representa, hoje, mais do que nunca, uma ferramenta essencial e indispensável para a classe farmacêutica. Esta perceção tem-se fortalecido, evidenciada pelo crescente número de adesões nos últimos tempos”.
Contudo, de acordo com Henrique Reguengo, “permanece crucial consciencializar especialmente as novas gerações sobre a importância dos sindicatos. Apesar de por vezes serem pouco apreciados, os sindicatos desempenham um papel fundamental na promoção da justiça e na correção de desequilíbrios inerentes à natureza humana”.
Atuação decisiva
Ao longo das últimas três décadas, o SNF tem atuado “de forma discreta, porém decisiva, na defesa dos interesses dos farmacêuticos”.
Deste modo, Henrique Reguengo especifica que na farmácia comunitária, “onde ainda há inúmeros desafios a enfrentar, o sindicato tem sido crucial”.
No Serviço Nacional de Saúde (SNS), “foi determinante em 2010 para preservar a identidade profissional dos farmacêuticos, especialmente nas especialidades de Análises Clínicas e Genética Humana, quando se equacionavam fusões de carreiras que ameaçavam a profissão”.
Do ponto de vista de Henrique Reguengo, o SNF foi responsável por conquistas significativas, nomeadamente “a negociação e implementação da carreira farmacêutica, o estabelecimento da residência farmacêutica, a iniciativa para discussão do acesso aos dados clínicos pelos farmacêuticos no SNS e, mais recentemente, o início da recuperação salarial dos farmacêuticos no SNS, interrompendo um ciclo de desvalorização remuneratória que se tornava insustentável”.
Embora ainda existam muitos objetivos a alcançar, “hoje contamos com um sindicato mais robusto e dinâmico, que merece o reconhecimento e o apoio de todos os farmacêuticos. Espero que a classe continue a fortalecer esta importante instituição”, conclui o farmacêutico.
Os novos corpos sociais
DIREÇÃO
Helena Cecília Tertuliano Bastos de Abreu Ribeiro Gonçalves
Isabel de Andrade Moniz Lopes Furtado
Carla Maria loureiro Lopes Arriegas
Nuno Miguel Silva Soares
Marta Costa do Rego
Ana Leonor Cunha Azevedo Silva (Suplente)
ASSEMBLEIA-GERAL
Maria Alexandre Vaz Mendes
Cristina Isabel Cabral Carrasco
Helena Filipa da Cunha Ferreira Coelho
Catarina Garcia Azevedo Lima
Ana Margarida de Azevedo Dias (Suplente)
José Carlos Gonçalves Maduro (Suplente)
CONSELHO FISCAL
Tiago Dias Prata da Silva
Ana Luísa Oliveira Pinto de Sousa
Ricardo Manuel Simões Carvalho
Miguel Nuno Esteves da Rocha (Suplente)
CONSELHO DISCIPLINAR
Patrícia Raquel Raimundo de Sousa
João Miguel Simões Marrazes
Rúben Faria Jorge
Ana Isabel Esteves Preto (Suplente)
Luísa Maria Pais Gonçalves Gomes Cristóvão (Suplente)