Nos dias 16 e 17 de maio, Peniche será palco da 15.ª Reunião de Oncologia da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH), “um encontro já incontornável no panorama nacional da farmácia oncológica”, declara, ao NETFARMA, a presidente da Comissão Organizadora, Vera Pires, acrescentando que, “à semelhança dos anos anteriores, o evento promete uma agenda ambiciosa e multidisciplinar, com um olhar atento sobre os novos desafios em oncologia e da prática farmacêutica em oncologia”.
Valorização do papel do farmacêutico
A edição de 2025 tem como principal objetivo “promover a atualização técnico-científica dos farmacêuticos hospitalares, num momento em que a complexidade terapêutica exige conhecimento atualizado, pensamento crítico e competências especializadas”, explica Vera Pires.
“A valorização do papel do farmacêutico na investigação clínica, na gestão da inovação terapêutica e na adoção de novas tecnologias para manipulação e validação de citotóxicos são temas abordados neste programa“, acrescenta.
Abordagem integradora
Com uma adesão crescente de participantes, a organização espera uma edição particularmente participada, com sessões interativas, comunicações científicas, simpósios satélites de grande relevância clínica e workshops práticos.
Destaca-se ainda, segundo a responsável, “a aposta numa abordagem integradora, que valoriza a colaboração entre farmacêuticos, médicos, decisores e indústria, promovendo uma visão global e aplicada dos cuidados oncológicos”.
Inovação, imunoterapia e cuidados de suporte
O programa da reunião contempla, por isso, “temas de elevada relevância para a prática farmacêutica oncológica, alinhados com as tendências emergentes da terapêutica e com as necessidades dos serviços hospitalares”, refere Vera Pires.
Neste sentido, a presidente da Comissão Organizadora destaca a Inovação Terapêutica e Personalização do Tratamento: “a introdução da inovação terapêuticas no tratamento dos doentes oncológicos está em debate em várias sessões clínicas; o cancro da mama triplo negativo, o papel dos radioligandos e os anticorpos biespecíficos no mieloma múltiplo, são alguns exemplos”.
O objetivo destas sessões “é discutir a aplicabilidade prática das inovações e os critérios para adoção responsável no contexto hospitalar, capacitando os farmacêuticos para integrarem estes tratamentos de forma segura e custo-efetiva”, explica a responsável.
Outro dos temas em destaque é relacionado com Cuidados de Suporte e Segurança do Doente. “A sessão dedicada à emese induzida por quimioterapia trará a público o consenso português sobre prevenção e tratamento, abordando simultaneamente a dimensão clínica e farmacoeconómica desta complicação tão frequente e impactante na qualidade de vida dos doentes”, menciona Vera Pires.
Um workshops sobre manipulação segura de citotóxicos e validação em oncologia complementam o programa, permitindo aos participantes aprofundar competências práticas.
De acordo com a presidente da Comissão Organizadora, “a seleção dos temas reflete os desafios atuais da farmácia oncológica em 2025: a necessidade de adaptar a prática farmacêutica à complexidade crescente das terapias, garantir segurança e eficácia nos cuidados, e promover uma formação contínua e estruturada”, sendo que “as prioridades clínicas e as diretrizes europeias foram tidas em conta na construção desta uma agenda ambiciosa”.
Durante o evento haverá ainda…
- Sessões de Atualizações Clínicas: Apresentações curtas e objetivas sobre cancros da mama e gastrointestinais.
- Quiz farmacêutico: Um momento lúdico e formativo para estimular o networking e o espírito de equipa.
- Prémios científicos: Reconhecimento das melhores comunicações orais e em poster, incentivando a investigação nacional
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