Recolha de Resíduos Corto-Perfurantes: Agulhão “é, até hoje, a única resposta existente em Portugal” 722

A Associação de Farmácias de Portugal (AFP) reforça que a sua iniciativa ‘Agulhão’ “é, até hoje, a única resposta existente em Portugal para a recolha de resíduos corto-perfurantes e que poderia ser mais abrangente em função da definição de um apoio público, até hoje inexistente”.

A resposta da AFP vem no seguimento de uma notícia, publicada ontem, em que a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) reforçava a necessidade de colocar em prática o regime de responsabilidade alargada do produtor de resíduos com agulhas e descartáveis não recicláveis e pedia respostas à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), à Direção-Geral da Saúde (DGS) e à Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma).

No comunicado citado na notícia em causa, Filipa Cabral, diretora técnica da farmácia da APDP, referindo-se ao projeto da AFP, dizia que “é um projeto que chega a apenas 204 farmácias aderentes, num universo de mais de três mil farmácias e sem garantia da sua continuidade. Neste momento, e apesar dos esforços de farmácias como a da APDP, a resposta continua a ficar muito aquém do necessário. Um contentor de 30 litros por mês, no nosso caso, é claramente insuficiente”.

De acordo com o comunicado enviado pela AFP, ao NETFARMA, “criado em 2019, o projeto pioneiro ‘Agulhão’ trata-se de uma iniciativa privada e voluntária por parte da AFP, graças à qual centenas de utentes têm uma alternativa pensada na saúde pública e no impacto ambiental. Uma iniciativa sustentável, bem estruturada e que facilmente poderia ser implementada em todas as farmácias do País, mas cujo alargamento exige um esforço conjunto e depende de apoios, envolvendo Governo, poder local e a indústria farmacêutica“.

A associação revela ainda que “temos vindo a desenvolver diligências junto da tutela e do poder local para alcançar soluções mais abrangentes e eficazes”.