Projeto para tratar infeções do HPV vence prémio de inovação 524

Um trabalho, liderado pela investigadora Carla Cruz, que propõe encontrar uma resposta inovadora para o tratamento de lesões orais provocadas por infeções do vírus do papiloma humano (HPV) venceu a primeira edição do Prémio Inovação UBI/Caixa Geral de Depósitos (CGD) da Universidade da Beira Interior (UBI).

O ORALCARE – Smart nanoparticle formulation to treat Human Papilloma Virus-induced oral lesions pretende, de acordo com o explicado no portal da UBI, “desenvolver uma formulação baseada em nanopartículas inteligentes com aplicação na boca, permitindo uma intervenção localizada, eficaz e não invasiva nas lesões pré-cancerígenas, um problema para o qual ainda não existe uma terapêutica eficaz”.

A proposta, ainda segundo a UBI, tem potencial de mercado, contando com a colaboração multidisciplinar com o CITAB-UTAD, a Unidade Local de Saúde da Cova da Beira, o IPO-Porto e a empresa LabFit.

Em termos de potencial, achamos que a estratégia é inovadora porque até ao momento não encontrámos nenhuma estratégia terapêutica para tratar o HPV, na cavidade bocal, nomeadamente aquelas lesões iniciais que progridem para cancro”, refere Carla Cruz, citada pelo portal da instituição. “Se o conseguirmos, estaremos a fazer algo que vai ter impacto, que poderá melhorar a condição de vida das pessoas que têm infeção”, acrescenta a docente do Departamento de Química.

Com a atribuição deste prémio, o projeto ORALCARE recebe um valor de 5.000 euros, que permitirá alimentar o desenvolvimento da investigação.

 

O Prémio

A competição foi criada na sequência do protocolo entre a UBI e a Caixa Geral de Depósitos, para reconhecer e apoiar projetos com impacto societal, económico e tecnológico, reforçando o papel da universidade na valorização da criação de conhecimento.