PRAC alerta que membranas à base de PAN podem diminuir eficácia da caspofungina 665

O Comité́ de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), na sua reunião mensal, aprovou uma comunicação direta aos profissionais de saúde (DHPC) alertando sobre o uso de membranas à base de poliacrilonitrila (PAN) durante a terapia de substituição renal contínua (CRRT) em pacientes gravemente doentes que recebem caspofungina.

De acordo com o portal da EMA, a CRRT envolve diálise contínua em pacientes com lesão renal aguda e sobrecarga de líquidos, sendo a caspofungina um medicamento antifúngico administrado por infusão intravenosa para o tratamento de infeções fúngicas em adultos e crianças.

Dados laboratoriais sugerem que “as membranas à base de PAN utilizadas para filtrar o sangue na CRRT podem ligar-se à caspofungina e diminuir a sua eficácia. Além disso, foi relatada a falta de eficácia da caspofungina em doentes submetidos a CRRT com estas membranas”, alerta a EMA, acrescentando que “a falha do tratamento antifúngico pode levar ao agravamento da infecção fúngica sistémica, o que pode ser fatal nestes doentes em estado crítico”.

Posto isto, a EMA recomenda que os profissionais de saúde verifiquem o tipo de membrana de hemofiltração utilizada antes de iniciar e durante o tratamento com caspofungina, sendo que se estiverem a ser utilizadas membranas derivadas de PAN, “devem mudar para uma membrana alternativa ou considerar um medicamento antifúngico alternativo”.