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Portugueses vão poder escolher serviços de saúde dentro de dois ou três anos 19 de Fevereiro de 2016 O ministro da Saúde anunciou que dentro de dois ou três anos os portugueses poderão escolher os serviços de saúde e que a arma para cativar os utentes serão «a qualidade, o desempenho e a transparência». Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas no final da cerimónia de comemoração do primeiro transplante cardíaco, realizado há 30 anos no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide. «A arma [para os serviços de saúde cativarem os utentes] é a qualidade, é o desempenho e a transparência. Temos de ter um Serviço Nacional de Saúde (SNS) exigente consigo próprio e que gosta de ser avaliado», disse, citado pela “Lusa”. De acordo com o ministro, estão ainda a ser feitos «os estudos necessários», mas as primeiras medidas serão ensaiadas a partir de abril, quando forem assinados os primeiros contratos-programa com os hospitais. Esta livre escolha deverá estar a funcionar em pleno daqui a dois, três anos. O ministro disse ainda que «a transplantação é uma prioridade política» desta equipa ministerial e sublinhou a importância desta efeméride que recorda o primeiro transplante cardíaco em Portugal. Nesta unidade hospitalar, onde há 30 anos a equipa liderada pelo cirurgião João Queiroz e Melo realizou o primeiro transplante cardíaco, a uma mulher que viveria ainda mais dez anos, o médico recordou o pioneirismo do feito. O médico disse que alguns procedimentos estão mais rápidos e a medicação melhorou, embora existam ainda aspetos que podem ser melhorados, como ao nível do desperdício que existe com alguns materiais que não são reutilizáveis. Por outro lado, o cirurgião, atualmente aposentado, defendeu a possibilidade de um acompanhamento à distância, que não obrigue os doentes a deslocarem-se tantas vezes ao hospital. Presentes na cerimónia estiveram dois doentes transplantados, os quais reconheceram que se não tivessem recebido este órgão já não estariam vivos. |




