
A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido emitiu um alerta sobre contracetivos e medicamentos usados para a perda de peso após receber dezenas de relatos de gravidezes ocorridas durante a toma de fármacos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro.
Segundo noticia hoje a CNN Portugal, em todos os casos, tratou-se de uma gravidez não planeada em mulheres que estavam a tomar estes medicamentos ao mesmo tempo que usavam métodos contracetivos orais, como a pílula.
O regulador britânico revela que foram registadas 40 situações de gravidez inesperada, associada ao uso destes medicamentos.
Ao imitar a hormona GLP-1, os medicamentos ativam os mesmos recetores que a hormona natural, desencadeando efeitos semelhantes: ajudam a reduzir o apetite, fazem com que o estômago esvazie mais lentamente (o que prolonga a sensação de saciedade) e estimulam a libertação de insulina, ajudando a controlar os níveis de açúcar no sangue.
No entanto, este mesmo mecanismo – especialmente o atraso no esvaziamento gástrico – pode, ainda de acordo com a CNN Portugal, interferir na absorção de contracetivos orais, o que aumenta o risco de gravidez.
Posto isto, o regulador britânico recomenda que todas as mulheres em idade fértil que tomem estes medicamentos utilizem métodos de contraceção adicionais, como o preservativo, além da pílula, e o façam até dois meses após a interrupção da medicação, já que os efeitos destes fármacos no organismo podem prolongar-se, mesmo que já não estejam a ser tomados.