A Ordem dos Farmacêuticos (OF) integra um Grupo de Trabalho Técnico para a prevenção e gestão das doenças crónicas.
O grupo, criado pelo Despacho n.º 11649/2025 publicado em Diário da República a 3 de outubro, integra representantes de várias instituições da área da saúde e terá de apresentar em 120 dias recomendações estratégicas para reforçar a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) às doenças crónicas.
Deste modo, entre os vários objetivos deste grupo, destacam-se avaliar as atuais estratégias do SNS, identificar constrangimentos e oportunidades de melhoria, propor medidas para prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento integrado e reforçar a literacia em saúde e a participação dos cidadãos.
De acordo com o despacho, a doença crónica representa um dos maiores desafios de saúde pública do século XXI, “afetando milhões de cidadãos e constituindo uma das principais causas de morbilidade, incapacidade e mortalidade prematura em Portugal. Patologias como a diabetes, doenças cardiovasculares, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), obesidade e doenças oncológicas não só impactam significativamente a qualidade de vida dos doentes e das suas famílias, como geram um elevado custo para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), devido à necessidade de cuidados contínuos, hospitalizações frequentes e tratamentos de longa duração”.
No documento são citados dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) que indicam que, em 2024, 42,3 % dos residentes com 16 ou mais anos relataram ter uma doença crónica ou problema de saúde prolongado, o que representa um aumento de 10,2 %, em comparação com 2004. Ainda de acordo com a mesma informação, esta prevalência é particularmente elevada entre os idosos (68,1 %) e mulheres (45,9 %).




