A Ordem dos Farmacêuticos (OF) reuniu, ontem, com o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra com o objetivo de discutir diversas questões relacionadas com a atividade farmacêutica na instituição, que têm sido motivo de preocupação para a Ordem.
Desde 2022, como relata a OF no seu portal, foram apresentadas 43 declarações de exclusão de responsabilidade por farmacêuticos a exercerem atividade nos serviços farmacêuticos da ULS fundamentadas na insuficiência de recursos humanos e materiais que garantam a prestação de cuidados de saúde com os níveis de qualidade e segurança exigidos.
Foi também efetuado um ponto da situação sobre a implementação da residência farmacêutica nas diversas especialidades farmacêuticas. A ULS de Coimbra conta atualmente com 10 residentes em Farmácia Hospitalar, 6 em Análises Clínicas e 5 em Genética Humana.
A contratação de técnicos superiores à margem da carreira farmacêutica foi outro dos temas abordados, tendo a OF demonstrado apreensão relativamente a esta situação e à possibilidade de gerar falsas espectativas nos técnicos superiores relativamente ao acesso à especialidade em Farmácia Hospitalar.
A OF partilhou ainda a sua preocupação relativamente às alegadas informações sobre as dificuldades de acesso a medicamentos essenciais para tratamento de doenças graves.
A ULS de Coimbra esteve representada por Fernando Cravo, vogal do Conselho de Administração, e Catarina Santos, diretora clínica adjunta. Participaram também na reunião Cristina Lebre, diretora dos Serviços Farmacêuticos, Fernando Rodrigues, diretor do Serviço de Patologia Clínica, e Alice Mendes, farmacêutica especialista em Análises Clínicas.
Quanto à OF, esta fez-se representar pelo bastonário, Helder Mota Filipe, e pela presidente da Secção Regional do Centro, Lúcia Santos.
