Vivemos uma fase de acelerada transformação digital e pressão para inovar de forma sustentável, mantendo-se a necessidade de coesão territorial e equidade no acesso à saúde e ao medicamento.
É nesta encruzilhada entre inovação, regulação, necessidades do cidadão e papel vital da distribuição que posicionamos a realização da terceira edição do Congresso Nacional da Distribuição Farmacêutica, no próximo dia 8 de outubro.
Sob o lema ‘Mais Distribuição, Mais Saúde’, o evento constituirá um espaço de reflexão estratégica sobre os grandes temas que moldam o presente da distribuição farmacêutica e, por extensão, da saúde em Portugal.
Ao longo de um dia de intercâmbio e diálogo interinstitucional, colocaremos em cima da mesa desafios que exigem respostas estruturadas, colaborativas e sustentáveis, e contaremos com vozes nacionais e internacionais para os discutir.
A presença confirmada de representantes do INFARMED, da Direção Executiva do SNS, da Ordem dos Farmacêuticos, da ANF, da APIFARMA, da EMA, da APAH e de várias associações de doentes reforça essa ambição de alargar o diálogo.
Esta diversidade é essencial para construir soluções integradas e centradas nas pessoas.
No decorrer do Congresso, os participantes refletirão sobre as tendências globais do mercado farmacêutico, num momento em que o setor enfrenta novos desafios de planeamento, abastecimento e de resposta a diferentes necessidades terapêuticas, para as quais a distribuição farmacêutica é essencial em garantir que nenhum português fica para trás no acesso à saúde.
O programa contará com uma alargada discussão sobre regulação e disponibilidade de medicamentos, tema sensível e central para a segurança do doente, explorando soluções que reforcem a previsibilidade e a capacidade de resposta do sistema.
A inovação tecnológica será também tema central.
Novas plataformas logísticas, inteligência artificial e digitalização trazem desafios operacionais e éticos que o setor deve antecipar e transformar em oportunidades. A distribuição farmacêutica deve afirmar-se como agente ativo na modernização do sistema de saúde, garantindo eficiência, transparência e um serviço centrado no doente.
Debateremos também a valorização económica da distribuição, sublinhando o seu contributo para a sustentabilidade do SNS e para o desenvolvimento económico nacional.
Este será, aliás, um dos pontos altos do Congresso, onde apresentaremos o Estudo Económico e de Caracterização do Setor da Distribuição Farmacêutica, desenvolvido pela consultora Deloitte.
Esta radiografia ao setor será uma ferramenta essencial para fundamentar políticas públicas e modelos de remuneração sustentáveis, reforçando a equidade no acesso ao medicamento em todo o território.
A sustentabilidade ambiental é igualmente prioritária. Promover cadeias logísticas mais eficientes e alinhar a atividade com os objetivos da neutralidade carbónica são compromissos inadiáveis que também estarão em debate.
Um convite à mobilização do setor farmacêutico
Este Congresso é, acima de tudo, um convite à participação ativa de todos os agentes da cadeia do medicamento.
Um desafio a pensar em conjunto o futuro da distribuição, reforçando pontes e estratégias para preparar um setor mais resiliente, inovador e próximo das necessidades da população.
A ADIFA acredita que só com diálogo estruturado, visão estratégica e compromisso partilhado será possível construir um setor mais coeso, colaborativo e capaz de responder às exigências de um contexto em permanente mudança, contribuindo para um sistema de saúde mais eficaz, humano e justo.
O III Congresso Nacional da Distribuição Farmacêutica será esse ponto de convergência e ambição.
Um momento para refletir, propor e agir, em conjunto.
Contamos com a participação de todos para se juntarem a nós nesta missão.
Nuno Flora,
Presidente da Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA)




