Foram submetidos 115 pedidos de ensaios clínicos (EC) à Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) nos primeiros seis meses de 2025, ao abrigo do Regulamento Europeu n.º 536/2014.
De acordo com a análise do regulador, publicada hoje no seu portal, são mais seis do que em igual período de 2024, um crescimento que “reforça o posicionamento de Portugal como país atrativo para a realização de investigação clínica em contexto europeu”.
No final do primeiro semestre, estavam já autorizados 93 ensaios clínicos. Nos ensaios mononacionais, o tempo médio de autorização foi de 31 dias.
“Estes resultados refletem o esforço contínuo do Infarmed em promover condições para acelerar os prazos dos ensaios clínicos e garantir um processo de avaliação eficiente, sem comprometer o rigor científico e ético. Demonstram também a confiança dos promotores na capacidade do sistema nacional para acolher investigação clínica de qualidade”, considera Joel Passarinho, diretor da Unidade de Investigação Clínica (UIC) do Infarmed, citado pelo portal da instituição.
Oncologia é a principal área terapêutica
A oncologia (Neoplasias [C04]) destacou-se como a principal área terapêutica dos ensaios submetidos no primeiro semestre, com 38 pedidos. Seguem-se os estudos relacionados com doenças do sistema imunitário (14) e do sistema nervoso (9).
Registou-se ainda um número significativo de ensaios em doenças cardiovasculares (7), do sistema digestivo (5), oculares (5), do trato respiratório (4) e da pele (3). Foram ainda submetidos pedidos de EC em áreas como saúde mental, infeções bacterianas, doenças metabólicas e doenças raras.
Esta diversidade terapêutica “demonstra o interesse crescente por parte dos promotores em desenvolver investigação clínica em múltiplos domínios da saúde, contribuindo para o avanço científico e para o acesso dos doentes a novas terapêuticas”, sublinha o Infarmed.
Os dados podem ser visualizados na infografia disponível aqui e consultados na íntegra no ficheiro acessível através desta ligação.




