O NETFARMA propôs à Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) que selecionasse as cinco perguntas que os estudantes do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (MICF) devem fazer antes de votar nas eleições legislativas, que vão acontecer no dia 18 de maio.
Eis as cinco questões propostas por Afonso Garcia, presidente da APEF:
“1. Que propostas existem para o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e qual o papel previsto para os farmacêuticos?
O reforço do SNS é essencial para garantir o acesso universal, equitativo e de qualidade à saúde. Neste contexto, o farmacêutico tem, e deve continuar a ter, um papel cada vez mais interventivo. É fundamental compreender se os programas políticos reconhecem o seu contributo e preveem a sua integração em mais áreas assistenciais. Reforçar o papel do farmacêutico no SNS é aproveitar plenamente o seu potencial enquanto profissional de saúde altamente qualificado.
2. Qual é a visão para a inovação e a investigação na saúde em Portugal?
A evolução da profissão farmacêutica está intimamente ligada ao investimento em investigação, inovação terapêutica e desenvolvimento tecnológico. Apostar nestes domínios é essencial não só para reter e valorizar talento nacional, como também para posicionar Portugal como um país de referência no panorama científico e inovador internacional. Importa, por isso, perceber até que ponto os partidos se comprometem com o financiamento sustentado da ciência e com o incentivo à investigação, particularmente na área da saúde, criando oportunidades concretas para os profissionais e futuros farmacêuticos.
3. Que medidas existem para a valorização dos jovens profissionais de saúde?
O futuro da saúde em Portugal depende da capacidade de atrair, reter e motivar os jovens profissionais. É necessário analisar se os programas políticos apresentam medidas concretas para melhorar as condições laborais, promover o reconhecimento profissional e criar percursos de carreira estáveis, atrativos e com perspetivas de progressão. Para além disso, importa considerar políticas transversais como habitação, fiscalidade ou mobilidade que, embora não diretamente relacionadas com o setor da saúde, são determinantes para a fixação de jovens qualificados no território nacional.
4. Que medidas estão previstas para promover a integração de cuidados e a transição digital no setor da saúde?
A integração dos diferentes níveis de cuidados, aliada à transição digital, é crucial para garantir uma resposta mais eficiente, acessível e centrada no utente. Atualmente, os profissionais de saúde, incluindo os farmacêuticos, enfrentam barreiras no acesso e partilha de informação clínica relevante. É, por isso, importante conhecer as propostas que visam reforçar a interoperabilidade dos sistemas de informação, promover o acesso a dados de saúde em tempo real, e expandir ferramentas como a telemedicina. Tudo isto deve ser feito assegurando a privacidade dos utentes e a formação adequada dos profissionais.
5. Que propostas existem para a modernização do ensino superior e a promoção da igualdade de oportunidades no acesso e percurso académico?
A modernização do ensino superior é fundamental para responder aos desafios de uma sociedade em constante evolução. Implica a atualização dos métodos pedagógicos, o reforço da mobilidade académica, a integração em redes europeias de ensino e a melhoria das condições oferecidas aos estudantes deslocados. É crucial perceber se os programas políticos integram estas prioridades, promovendo um sistema mais inclusivo, competitivo e alinhado com as exigências de um mercado global, assegurando simultaneamente o acesso equitativo à formação e às oportunidades, independentemente da origem dos estudantes.”




