A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) recebeu no dia 2 de setembro Lígia Vanessa Pascoal Tembe, administradora executiva para a Área Técnico-Científica da Autoridade Nacional Reguladora de Medicamento (ANARME), de Moçambique com o intuito de fortalecer a cooperação entre as duas entidades reguladoras, promovendo a troca de experiências e boas práticas na área do medicamento e produtos de saúde.
Esta aproximação, de acordo com o noticiado no portal do regulador, enquadra-se no trabalho desenvolvido no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que tem vindo a fomentar redes de colaboração e a partilha de conhecimento entre os Estados-membros no setor da saúde.
O Infarmed lembra ainda que “a articulação com a recém-criada Agência Africana do Medicamento (AMA, na sigla em inglês), que visa reforçar as capacidades regulatórias no continente africano, constitui também uma oportunidade estratégica para promover uma maior convergência regulatória e apoiar o acesso a medicamentos seguros e de qualidade. Desta forma, a cooperação bilateral entre Portugal e Moçambique assume uma dimensão multilateral, contribuindo para o fortalecimento de sistemas de saúde a nível regional e global”.
Avaliação de medicamentos e ensaios clínicos
Após discussão sobre os principais desafios e prioridades de cada regulador, nomeadamente a avaliação de medicamentos, os ensaios clínicos (com foco nos estudos multicêntricos e na harmonização de requisitos regulatórios) e a prescrição eletrónica, a responsável da ANARME visitou o laboratório da autoridade reguladora nacional, onde conheceu as metodologias usadas na supervisão do mercado farmacêutico.
“A troca de conhecimentos com outras autoridades reguladoras, como a ANARME, I.P., permite-nos alinhar estratégias, antecipar desafios e promover uma maior harmonização de procedimentos“, indicou Rui Santos Ivo, presidente do Infarmed, citado pelo portal do regulador, acrescentando que “esta visita representa não só um passo importante na consolidação das relações entre ambas as entidades, mas também um contributo valioso para o fortalecimento dos sistemas de saúde dos dois países”.




