A União Europeia anunciou, este domingo, um acordo com os EUA que fixa um teto máximo de 15% nas taxas aduaneiras norte-americanas sobre a maioria dos bens europeus e isenções tarifárias para determinados produtos.
A EQUALMED – Associação Portuguesa de Medicamentos pela Equidade em Saúde assume a mesma posição que a sua congénere europeia, a Medicines for Europe.
Assim sendo, ao NETFARMA, a associação portuguesa garante que, “em consonância com a Medicines for Europe, aplaude o trabalho da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na negociação de um novo acordo comercial com o presidente dos EUA, Donald Trump”.
Necessários mais esclarecimentos
Analisando a posição da Medicines for Europe, esta defende que “embora sejam necessários mais esclarecimentos, compreendemos que a Comissão, com razão, lutou para incluir os medicamentos na lista de produtos estratégicos isentos de tarifas. Os produtores de medicamentos genéricos teriam dificuldade em suportar esses impostos, o que poderia expor os cidadãos ao risco de escassez de medicamentos”.
A associação europeia refere, por isso, que “aguardamos com expectativa mais detalhes sobre a lista específica de medicamentos isentos de tarifas e a possibilidade de a lista ser alargada num futuro próximo”.
Tarifas: “As principais implicações para o setor farmacêutico permanecem incertas”
Desta maneira, a associação “reitera o seu apoio à isenção de tarifas para todos os medicamentos, a fim de garantir a sua disponibilidade e acessibilidade para os cidadãos. Dada a cooperação histórica entre a UE e os EUA no setor farmacêutico, este comércio livre de medicamentos é igualmente importante para a segurança sanitária comum”.
As tarifas são “um ‘remédio amargo’ para os doentes”, por isso a Medicines for Europe apela à “UE e aos EUA para que ampliem a lista de medicamentos isentos de tarifas o mais possível, de modo a garantir um melhor acesso aos medicamentos e a reforçar a segurança sanitária”.




