Com a chegada do tempo frio e húmido, aumentam os casos de perniose, vulgo “frieiras”, uma resposta inflamatória anormal às baixas temperaturas e à humidade, provocando nódulos que variam do vermelho ao violeta e distribuem-se de forma simétrica nos dedos das mãos e pés. Embora menos frequente, podem surgir nos tornozelos, nariz e orelhas. Por vezes, estes nódulos ulceram, isto é, ficam em feriada e, habitualmente, provocam dor, ardor e prurido.
As mulheres, crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis, sendo que, estes últimos requerem mais atenção, já que a evolução das lesões tende a ser mais prolongada e potencialmente mais severa.
As frieiras são autolimitadas e, geralmente, melhoram ao fim de três semanas, mas a exposição contínua ao frio e à humidade pode levar ao agravamento ou cronicidade, especialmente na população idosa, que requer mais atenção.
A prevenção é fundamental e pode evitar grande parte dos casos. A adoção de medidas simples e consistentes pode reduzir significativamente o seu aparecimento. Neste sentido, a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV) recomenda a utilização de vestuário adequado e que proteja do frio e da humidade, sobretudo, as extremidades e zonas mais expostas; evitar a exposição prolongada ao frio e à humidade, preferindo ambientes amenos; não expor as zonas mais propensas a fontes de calor intenso, o que favorece a secura pele, tornando-a mais sensível a lesões; e evitar o consumo de tabaco, que compromete a circulação periférica.
Quando procurar um dermatologista
Se os sintomas persistirem por um período superior a quatro semanas, é aconselhada a consulta com um especialista em Dermatologia. Pode ser necessário um tratamento adequado que alivie as lesões, o prurido e a dor, e avaliar se a perniose está relacionada com outros problemas.
Para mais informações sobre doenças e lesões da pele consulte: https://www.spdv.pt/_doencas_de_pele_2
Sobre a SPDV
A Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV) é uma associação científica de utilidade pública, criada em 1936, e atualmente com mais de 467 membros. Mantém, desde que foi fundada, atividade científica ininterrupta e regular, salientando-se o seu contributo para a formação de muitas gerações de especialistas. É a instituição que em Portugal desenvolve maior atividade de educação médica contínua na área da Dermatologia e Venereologia. Atualmente, conta com 12 secções especializadas: Grupo Português de Estudo das Dermites de Contacto (GPEDC), Grupo Português de Dermatologia Pediátrica (GPDP), Grupo Português de Cirurgia Dermatológica (GPCD), Grupo Português de Psoríase (GPP), Grupo Português de Fotobiologia (GPF), Grupo Português de Dermatopatologia Sá Penella (GDSP), Grupo para o Estudo e Investigação das Doenças Sexualmente Transmissíveis (GEIDST), Grupo Português de Dermatologia Cosmética e Estética (GPDCE), Grupo Português de Tricologia e Onicologia (GPTO), Grupo Português de Dermatoscopia (GPD), Grupo Português de Micologia (GPM) e o Grupo de Estudos da História da Dermatovenereologia. A SPDV estimula a investigação no domínio da Dermatovenereologia, estabelecendo contactos e intercâmbio nacional e internacional entre os diversos profissionais ligados à especialidade e subespecialidades, e desenvolve atividades educacionais para os profissionais de saúde e população em geral.
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