Falta um ano para o XV Congresso Mundial dos Farmacêuticos de Língua Portuguesa, que decorrerá de 25 a 27 de novembro de 2026, em Maputo, Moçambique, sob os auspícios da Associação dos Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP).
Este evento marcará o regresso dos encontros presenciais oito anos depois, visto a última edição presencial ter tido lugar em Cabo Verde, em outubro de 2018. A ausência de congressos físicos nos anos recentes deveu-se às restrições provocadas pela pandemia, o que torna ainda mais especial este reencontro entre farmacêuticos de três continentes, reunidos numa só nação lusófona.
A AFPLP, que representa mais de 400 mil farmacêuticos nos países de língua portuguesa, reúne os sete países seguintes: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
Segundo avança a AFPLP, em comunicado, para o congresso de Maputo, a expectativa é reunir cerca de 500 farmacêuticos desses países, numa oportunidade ímpar para reforçar ligações, trocar experiências e debater o futuro da profissão.
Este encontro surge num momento de grandes desafios e transformações para a saúde global. Entre os temas centrais estarão a sustentabilidade dos sistemas de saúde e o desenvolvimento da profissão farmacêutica, refletindo a missão de longo prazo da AFPLP de promover o envolvimento dos farmacêuticos nos grandes sistemas sanitários lusófonos.
Entre as novidades a apresentar, a AFPLP destaca “a tão esperada criação da Ordem dos Farmacêuticos de Moçambique, prevista para 2026, que reforça o compromisso com a formalização e organização profissional no país anfitrião” e a “recente criação da Agência Africana de Medicamentos, cujo papel regulador e estratégico será destaque nas discussões, abre novas perspetivas para regulação, acesso e cooperação farmacêutica entre o continente africano, europeu e sul americano”.
“É com imensa alegria e orgulho que celebramos este regresso presencial. Maputo será o palco de um encontro histórico para os farmacêuticos da lusofonia, num momento em que a nossa união e partilha são mais necessárias do que nunca. Esperamos reunir farmacêuticos de todo o espaço lusófono para construir juntos caminhos sustentáveis e inovadores para a saúde”, destaca, no mesmo comunicado, a presidente da AFPLP, Bélia Muchanga Cueteia.
Este congresso nasce também como uma plataforma de cooperação científica, técnica e institucional entre os países-membros, promovendo a formação, a pesquisa e o intercâmbio de boas práticas.
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