
O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) disse hoje que a falta de médicos de família é um problema estrutural, admitindo que o aumento de inscritos ultrapassa toda a capacidade de resposta.
“É um problema estrutural. A falta de médicos de família é um problema que não tem quatro anos, não tem dez anos. Sempre houve esse problema, sempre houve essa falta. Aquilo que nós temos de encontrar são soluções que permitam responder às necessidades da população, que não têm necessariamente de passar por ter mais médicos de Medicina Geral e Familiar”, disse Álvaro Almeida.
De visita à ULS Póvoa de Varzim/Vila do Conde, para acompanhar a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que iniciou hoje uma série de visitas pelo país no âmbito da preparação do SNS para o período de Inverno, Álvaro Almeida foi confrontado com as notícias que dão conta da falta de médicos de família.
“Há mais utentes com médico de família no SNS. O que há é um aumento de inscritos que ultrapassa toda a capacidade de resposta. Não é uma questão de falta de atratividade do SNS, é uma questão de termos um aumento de procura que ultrapassa a capacidade de aumentar a oferta”, disse.
Frisando que este “não é um problema do SNS”, mas sim “um problema de todos os sistemas de saúde europeus”, o diretor-executivo associou ainda, segundo a Lusa, “a muito maior procura” ao envelhecimento da população e às migrações.
“É um problema que nós temos hoje em toda a Europa. Há uma série de fatores que levam a um aumento de procura e a oferta de recursos humanos na saúde não está a acompanhar somente a procura, mas repito, não é no SNS, é no sistema de saúde, nos sistemas de saúde todos europeus”, concluiu.




