Um estudo da Associação Portuguesa da Indústria Farmácia (APIFARMA), apresentado hoje – na conferência ‘Quando o tempo é essencial | O Valor dos Testes de Diagnóstico in Vitro nas Doenças Oncológicas’, em Lisboa -, demonstrou um forte retorno social do investimento (SROI) nos testes de diagnóstico in vitro, na área do cancro, por cada euro investido.
Em comunicado, a APIFARMA sublinha que, “em Portugal, as estimativas anuais apontam para 66 mil novos casos de doença oncológica e 35 mil mortes. Atualmente, 5% da população vive com a doença, percentagem que sobe para 13% entre os maiores de 65 anos. Além do elevado sofrimento provocado, estima-se que o seu tratamento represente um custo anual superior a 995 milhões de euros”.
Neste contexto, os testes de diagnóstico in vitro são “um importante contributo para inverter esta tendência, orientados para todas as etapas do tratamento oncológico, desde a predição e prevenção, até à detecção precoce, diagnóstico, tratamento personalizado, prognóstico e monitorização a longo prazo”.
Ainda de acordo com a APIFARMA por cada euro investido em testes in vitro, obtém-se um SROI de:
- 11,3 € no cancro da mama;
- 10,4 € no cancro da próstata;
- 5,4 € no cancro do pulmão;
- 5,7 € no cancro colorretal.
Apesar da sua relevância, “estes testes continuam subvalorizados: influenciam até dois terços das decisões médicas, mas representam apenas 1,5% das despesas em saúde em Portugal”, sublinha a Apifarma, acrescentando que “este desequilíbrio evidencia a necessidade urgente de reforçar o investimento nesta área”.
Usando o cancro do colo do útero como exemplo, a associação refere que “a detecção precoce é um dos exemplos mais claros do impacto do diagnóstico”. Deste modo, este tipo de cancro, “quando identificado em fase inicial, a taxa de sobrevivência a cinco anos ultrapassa os 90%”, ou seja “o diagnóstico atempado salva vidas e melhora significativamente a qualidade dos cuidados”.




