Epilepsia: Potencial de poupança de €49,2 mil milhões com maior investimento 296

O custo evitável da epilepsia no Reino Unido e em 27 países da Europa ascende a €49,2 mil milhões por ano, mais de um quarto do PIB combinado destes países, de acordo com as conclusões do mais recente Relatório Headway: Foco na Epilepsia.

Os sistemas nacionais de saúde da União Europeia (UE) e do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (UK) poderiam poupar diretamente €20,1 mil milhões por ano e até €29 mil milhões em poupanças indiretas, ao alocar uma maior parte dos seus orçamentos nacionais de saúde a serviços de saúde cerebral, como testes de diagnóstico, hospitalizações e fármacos anti crises epiléticas, entre outros.

Estas conclusões foram apresentadas ontem pela The European House – Ambrosetti (TEHA), um think tank italiano, em colaboração com a Angelini Pharma, no Parlamento Europeu, apelando, o relatório, a um plano de ação coordenado pela UE e à priorização da epilepsia como uma questão distinta para impulsionar mudanças.

 

Benefícios de um maior investimento

Cerca de 400.000 novos casos de epilepsia são diagnosticados na Europa todos os anos — um a cada minuto — e o Relatório Headway mostra que as taxas de emprego para pessoas com epilepsia são quase um quarto mais baixas (49-58%) em comparação com a população geral (77%). 37% dos indivíduos com epilepsia de início na infância nunca entram no mercado de trabalho, e até metade dos doentes escondem a sua condição no trabalho.

O controlo das crises, segundo explicado em comunicado, é apontado como o fator interno mais relevante para conseguir e manter um bom emprego. Os estudos também destacam a atitude dos empregadores como o fator externo mais significativo, com mais de um terço das pessoas com epilepsia a relatar um estigma “forte”, em comparação com 13% da população geral.

Além disso, os benefícios de um maior investimento nos cuidados com a epilepsia não seriam apenas financeiros, mas também resultariam em melhorias significativas nos resultados de saúde da população com epilepsia, como menor dependência de serviços médicos de urgência e de longo prazo, e maior participação no mercado de trabalho.