Debate político organizado pelos jovens profissionais de saúde: O que foi dito sobre os farmacêuticos 770

Liberais e bloquistas defendem participações diferentes dos farmacêuticos nos cuidados de saúde, como as farmácias comunitárias e a contratação de profissionais para os laboratórios hospitalares. AD destaca revisão salarial.

Os farmacêuticos estiveram em destaque no debate político organizado pela Plataforma de Jovens Profissionais de Saúde (PJPS) com o apoio do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) que decorreu ao final da tarde de terça-feira no Auditório da Associação Nacional das Farmácias (ANF), em Lisboa.

O encontro juntou alguns dos partidos políticos com assento parlamentar para discutir propostas para a área da saúde a partir das próximas eleições Legislativas do próximo domingo, 18 de maio.

Afonso Moreira (BE), Cristina Vaz Tomé (AD), Felicidade Vital (Chega), Francisca Silva (PCP), Joana Alves Pereira (Livre), Pedro Pereira (IL) e Ricardo Mestre (PS) abordaram os temas transversais à Saúde partindo do recente Barómetro de Satisfação e Bem-Estar dos Jovens Profissionais de Saúde e avançaram com algumas medidas, particularmente sobre Farmácia.

 

Prestação de cuidados básicos e interligação entre hospitais, laboratórios e academia

Pela voz de Pedro Pereira, os liberais destacaram a importância das farmácias comunitárias. “Não só nas grandes áreas urbanas, como nas rurais, há centros que conseguem dar cuidados básicos de saúde que são as farmácias comunitárias. Podem e devem participar nesta prestação de cuidados básicos como já têm vindo a fazer com a questão da vacinação, mas também contribuir com protocolos pré-definidos como o tratamento básico de uma infeção urinária simples que é bastante fácil de tratar e com poucos riscos”, exemplificou. 

Já Afonso Moreira, do BE, garantiu que o partidonão se cinge a médicos e enfermeiros e propõe a contratação de farmacêuticos para os laboratórios hospitalares”. “Há muito que falar no papel do farmacêutico na interligação entre hospitais, laboratórios e academia”, acrescentou. 

 

Revisão salarial

Cristina Vaz Tomé, da AD, destacou o que a coligação fez nestes 11 meses de Governo. “Abrimos concursos para assistentes graduados seniores que deverá ter uma taxa de 11 por cento relativamente ao universo médico do SNS: são 21 mil até 2027, 250 por ano, e no caso dos farmacêuticos, 150 no nível intermédio e 50 no topo, em 2025 e 2027”.

“Pegámos nos enfermeiros, nos farmacêuticos e na saúde pública e fizemos uma nova revisão salarial dos médicos que o PS realizou a correr no final da Legislatura para ver se ganhava mais votos”, referiu ainda Cristina Vaz Tomé, acrescentando que “abrimos negociações sindicais com farmacêuticos, enfermeiros e médicos. Nos enfermeiros há mais de dez anos que não era revista a tabela remuneratória e nos farmacêuticos também!”.