Conselho para Saúde e Ambiente anuncia centésimo associado 448

O Conselho Português para a Saúde e Ambiente (CPSA) anunciou hoje ter atingido a centena de associados e afirmou-se como a aliança “mais transversal na área da saúde” e “pioneira a nível internacional”.

Com a adesão da Siemens Healthineers, o CPSA chegou ao número de 100 associados, afirmando-se, como referido em comunicado, “como a aliança mais transversal na área da Saúde” e, pela sua diversidade, pioneira a nível internacional. De relevar que este número foi atingido em menos de três anos de existência do CPSA, o que demonstra a importância e pertinência da sua criação.

“O que nos levou à fundação do CPSA foi a consciência de as determinantes ambientais da saúde estarem a evoluir segundo as estimativas mais pessimistas, e já com um impacto profundo na saúde humana. A saúde é a principal preocupação dos portugueses, mas as alterações ambientais ocupam um lugar secundário. É por isso imperioso integrar a Saúde e o Ambiente”, sublinhou, no comunicado citado, Luís Campos, fundador e presidente do CPSA.

Para o responsável, “sabendo que as mudanças ambientais já são responsáveis por cerca de uma em cada quatro mortes a nível global, é dever ético dos profissionais de saúde empenharem-se neste desafio global. Por outro lado, não temos o direito de comprometer o futuro das próximas gerações — os nossos filhos e netos —, nem desperdiçar o capital de confiança que a sociedade deposita em nós. Precisamos de fazer ouvir a nossa voz para afirmar que não estamos perante um problema exclusivo de ambientalistas ou jovens radicais, mas sim diante de uma crise que nos afeta a todos”.

Por fim, Luís Campos destacou que “acreditamos que estamos perante o desafio mais complexo do nosso tempo. E, perante tamanha complexidade, são necessárias soluções integradas. Foi por isso que optámos por não criar uma aliança monoprofissional, como aconteceu noutros países, mas sim por congregar toda a diversidade de organizações relacionadas com a saúde”.

 

O CPSA

Fundado em outubro de 2022, para, nomeadamente, estabelecer uma rede colaborativa de organizações ligadas à saúde, para minimizar o impacto das alterações ambientais na saúde, promover a redução da pegada ecológica do setor, sensibilizar o público e educar os profissionais, fomentar a investigação nesta área, e ajudar o sistema de saúde a preparar-se para o aumento do risco de catástrofes climáticas ou uma nova pandemia.

O CPSA integra as principais associações de saúde, ordens profissionais, sociedades científicas, instituições académicas, laboratórios farmacêuticos, empresas de dispositivos médicos e equipamentos, institutos de investigação, grupos privados de saúde, unidades locais de saúde, associações de doentes, municípios, empresas de gestão de resíduos, seguradoras, e empresas tecnológicas, entre outras.

No ano passado o CPSA criou o Observatório Português da Saúde e Ambiente, para monitorizar a evolução dos principais indicadores na inter-relação entre saúde e ambiente. Já este ano organizou o I Congresso Nacional de Saúde e Ambiente. A 9 e 10 de abril de 2026 vai realizar o II Congresso, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.