O cancro colorretal mantém-se como um dos desafios de saúde pública mais prementes a nível mundial, sendo o cancro mais prevalente em Portugal, com cerca de 10.000 novos casos por ano.
A realidade é preocupante: 20% de todos os doentes apresentam cancro colorretal metastático no momento do diagnóstico. É urgente alterar esta realidade pois, tal como refere, em comunicado, Vítor Neves, presidente da EuropaColon Portugal – Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, “Portugal necessita de consolidar o programa nacional de rastreio de base populacional, pois este é o único caminho comprovadamente eficaz para reduzir a mortalidade”. Como alerta “este tipo de cancro, quando detetado precocemente, tem uma taxa de sobrevivência a cinco anos que pode ultrapassar os 90%. No entanto, em fases avançadas (com metástases) essa taxa desce para menos de 15%”.
Porém, “o que existe está suborganizado, a cobertura não é plena e a taxa de participação está aquém do desejável, limitado quase à atitude individual do médico de família, sendo, portanto, um rastreio oportunístico”, acrescenta o responsável.
Inovação precisa-se
“A investigação é essencial em vários domínios: novos métodos de rastreio não invasivos que aumentem a adesão populacional; estratificação de risco e biomarcadores que permitam uma abordagem personalizada; novas terapias dirigidas e imunoterapia para aumentar as opções de tratamento; estudos de qualidade de vida e intervenções para reduzir o impacto físico, psicológico e social da doença”, afirma o presidente da EuropaColon Portugal .
E por isso recorda a importância de “assinalar datas como o Dia Nacional do Cancro Digestivo, que muito contribuem para a consciencialização e divulgação de informação junto público e decisores, fundamental para apoio à gestão do doente oncológico”.




