Simpósio FIP 2025 Telfast (Allegra*)
No âmbito do Congresso Mundial da Federação Internacional Farmacêutica (FIP) 2025, em Copenhaga, decorreu um simpósio, em formato híbrido, intitulado “Anti-histamínicos com 0% de interferência cerebral: Da ciência à gestão prática”.
Reunindo especialistas internacionais em alergologia e farmácia comunitária, a sessão destacou a evolução do papel do farmacêutico na abordagem da rinite alérgica (RA) e apresentou evidência clínica robusta que posiciona a fexofenadina como uma opção terapêutica de primeira linha, segura e eficaz.
Alergias em ascensão: um desafio global
O Dr. Ignacio Ansotegui (Espanha) abriu o simpósio com uma análise abrangente da crescente prevalência das doenças alérgicas. Estima-se que, até 2050, metade da população mundial possa sofrer de uma doença alérgica, sendo que a RA já afeta cerca de 35% da população na Europa e nas Américas, com aumento notório entre crianças.
Sintomas como espirros, congestão nasal e prurido ocular comprometem o sono, o humor, o desempenho escolar e a produtividade laboral, tornando claro que a RA representa um problema de saúde pública com impacto significativo na qualidade de vida.
“A rinite alérgica não é uma doença trivial, exige uma abordagem terapêutica eficaz e com um perfil de segurança elevado”, sublinhou o Dr. Ansotegui.
Fexofenadina: eficácia sem sedação
O simpósio aprofundou os efeitos dos anti-histamínicos no sistema nervoso central (SNC). Os medicamentos de primeira geração, como a difenidramina, atravessam a barreira hematoencefálica, provocando sedação e comprometimento psicomotor. Em contraste, a fexofenadina apresenta ocupação cerebral dos recetores H1 de 0%, comprovada por exames PET; ausência de impacto na condução, pilotagem ou desempenho cognitivo; segurança comprovada em crianças, sem efeitos sedativos em múltiplos ensaios clínicos.
“Nem todos os anti-histamínicos de segunda geração são iguais”, afirmou Yorick Berger (França). “A fexofenadina distingue-se pelo seu perfil verdadeiramente não sedativo.”
Farmácia comunitária: na linha da frente da gestão da RA
Ade Williams (Reino Unido) destacou o papel essencial dos farmacêuticos comunitários na gestão da RA. O especialista defendeu que as farmácias são frequentemente o primeiro ponto de contacto com o doente alérgico.
Williams revelou que 87% dos casos de RA observados em farmácia estão mal controlados e 85% dos doentes escolhem tratamentos não ideais. Sublinhado ainda que as alterações climáticas têm quebrado a sazonalidade dos sintomas, tornando-os persistentes ao longo do ano.
Os farmacêuticos estão numa posição privilegiada para educar os doentes sobre opções terapêuticas baseadas em evidência; distinguir a RA de sintomas semelhantes, como os da constipação; encaminhar para cuidados especializados quando necessário.
“Os farmacêuticos são, muitas vezes, o primeiro — e por vezes o único — ponto de apoio para quem sofre de alergias”, reforçou William.
Key Takeaways
- A rinite alérgica tem um impacto transversal na sociedade.
- Os farmacêuticos desempenham um papel crucial na orientação para tratamentos eficazes e seguros.
- A fexofenadina representa uma solução não sedativa, ideal para doentes que necessitam de manter plena função cognitiva.
* Em Portugal, a fexofenadina está disponível sem receita médica para adultos e adolescentes a partir
dos 12 anos. A marca Allegra é comercializada como Telfast.
MAT-PT-2500761(v1.0) | outubro 2025




