Apagão: Farmácias estiveram sem validação de receitas 484

As farmácias enfrentaram ontem fortes constrangimentos sem poder validar prescrições e, caso a energia não fosse reposta brevemente, os geradores poderiam falhar, comprometendo a conservação de medicamentos que necessitam de refrigeração como as vacinas.

A presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Ema Paulino, disse, ontem à tarde, à agência Lusa que o apagão que se registou às 11:30 causou “sérios constrangimentos” nas farmácias devido a falhas nas comunicações e na energia.

Segundo Ema Paulino, algumas farmácias tiveram mesmo de suspender o funcionamento da atividade geral, estando apenas disponíveis para situações de emergência e de urgência.

A farmacêutica referiu ainda que a validação de prescrições esteve comprometida e o funcionamento dos sistemas poderia ser afetado, especialmente na conservação de medicamentos que necessitam de frio.

A presidente da ANF explicou que as farmácias têm geradores e sistema de UPS (fonte de energia ininterrupta), que permitem manter os sistemas em funcionamento em caso de uma corte de energia.

“No entanto, esses equipamentos têm autonomia limitada, o que significa que, se a situação não for resolvida rapidamente, as farmácias poderão ficar sem energia, afetando tanto o funcionamento dos computadores, como o armazenamento adequado dos medicamentos, especialmente os que precisam ser mantidos em temperaturas controladas”, realçou, na altura.

A ANF está a dar instruções à rede de farmácias para concentrarem a energia dos geradores e das UPS para conservação dos medicamentos.

“Também já estamos a ver, relativamente aos medicamentos que temos no frio, quais é que são as especificações em termos de quanto tempo podem não estar refrigerados” para dar instruções nesse sentido às farmácias.