Os jovens europeus consideram que a Europa ainda tem um longo caminho a percorrer para se afirmar como líder global em inovação, segundo os dados do Barómetro FutURe 2025, promovido pela Merck.
O inquérito, realizado a nível europeu, aponta os principais desafios identificados pelas novas gerações: a necessidade de reforçar o investimento em investigação e desenvolvimento (I&D), a burocracia como obstáculo à inovação e o papel determinante da digitalização na transformação dos sistemas de saúde e no progresso económico e social. Ainda assim, 56% mantêm-se otimistas quanto ao futuro da Europa.
Para garantir competitividade global, os jovens consideram prioritário o reforço do investimento em investigação e desenvolvimento, com 78% a afirmarem que este é um fator essencial para o desenvolvimento económico da Europa. Os jovens alertam ainda para a urgência de modernização institucional, com dois em cada três a identificarem a burocracia como uma barreira ao crescimento, inovação e capacidade de atrair talento. Esta preocupação é particularmente expressiva em países como França (59%).
A perceção de fragilidade no posicionamento europeu é especialmente crítica entre os jovens da Alemanha e Itália (apenas 43% e 44%, respetivamente, veem a Europa como líder em inovação), em contraste com os jovens do Reino Unido, onde 70% reconhecem esse papel ao continente.
O ambiente económico europeu é visto como estável e promotor de crescimento por 59% dos jovens, mas existem diferenças de perceção entre géneros: entre os homens, essa visão positiva é 10 pontos percentuais superior à das mulheres, o que pode refletir assimetrias na forma como diferentes grupos experienciam o contexto socioeconómico atual.
A propósito do Dia Internacional da Juventude, Pedro Moura, diretor-geral da Merck, comenta, em comunicado, que “na saúde, a digitalização é apontada como um motor fundamental de inovação e de transformação no setor. Para 71% dos jovens, a integração de tecnologias digitais – como a inteligência artificial – é essencial para melhorar os cuidados de saúde e acelerar o progresso europeu. Não é novidade, mas a indústria farmacêutica e as outras empresas no setor da saúde devem fazer um esforço por acompanhar esta transformação necessária, nomeadamente através de apps, telemedicina ou diagnósticos com o apoio da IA”.
Ao longo dos últimos quatro anos, o Barómetro FutURe inquiriu mais de 30.000 jovens europeus, entre os 21 e os 38 anos, em 12 países, através de uma amostra representativa de Millennials e Geração Z. Este inquérito procura compreender as expectativas e preocupações das novas gerações sobre o futuro da Europa – incluindo saúde, inovação, sustentabilidade e parentalidade. Esta edição do barómetro evidencia a importância que os jovens atribuem ao acesso a soluções concretas – como a preservação da fertilidade e o apoio das empresas – para poderem tomar decisões livres e informadas sobre o seu futuro familiar.
